TRANSCRIÇÃO DO VALE DO AVE EM SOM: ‘VER’ O ESPAÇO ATRAVÉS DO ‘OUVIR’

Autores

  • Cidália Ferreira Silva Universidade do Minho
  • Eugénia Aguiar Leite Universidade do Minho

DOI:

https://doi.org/10.37334/eras.v11i3.16

Palavras-chave:

Transcrição, Gramática, Território, Som, Espaço

Resumo

A transcrição do ‘Vale do Ave em som’ surge do cruzamento da representação do território com a
representação sonora, enquanto ferramenta operativa de interpretação de duas amostras do Vale do
Ave — o centro de Guimarães e ‘entre Brito e Silvares’ —, através da criação de notações gráficas
ambivalentes, que simultaneamente representam o espaço e o som. Neste artigo, apresenta-se o
raciocínio base do processo de transcrição criado, o qual tem como questão geradora: como
transcrever o espaço urbano em som? Reconhecendo-se que tanto o som como o espaço são passíveis
de representação gráfica, o processo de investigação gerou uma linguagem de interseção entre o espaço
‘real’, das amostras selecionadas, e a composição sonora correspondente. Qual a sonoridade dos
espaços de cada lugar? Como encontrar uma linguagem comum? Os experimentos desenvolvidos
foram elaborados no sentido de dar resposta a estas questões, permitindo avançar com a investigação
sobre a intersecção entre a representação da composição do território e a composição sonora e
respetiva construção da metodologia de transcrição, apoiada em estratégias operativas. Estratégias
estas, que se aproximaram tanto à compreensão dos vínculos ‘entre’ espaço e som, sistematizados na
linguagem explorada através da gramática e do abecedário de interseção criados, como no
desdobramento do método de transcrição aplicado às amostras selecionadas, o qual teve como
resultado a criação de composições sonoras originais correspondentes ao espaço investigado.

Biografias Autor

Cidália Ferreira Silva, Universidade do Minho


Eugénia Aguiar Leite , Universidade do Minho


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Publicado

2020-09-30