SOBRE A TERRA COMO ACONTECIMENTO: Geofilosofia e Estética na arte de Romy Castro
DOI:
https://doi.org/10.37334/eras.v12i1.8Palavras-chave:
Terra, Geofilosofia, Romy Castro, FenómenoResumo
Pretende-se com este artigo fazer uma análise às obras de arte de Romy Castro iniciadas em 2012 e intituladas «A Terra como acontecimento». Se no momento da criação da série, «Memórias da
terra negra» se adivinhavam já alguns traços sobre o potencial uso das matérias pictóricas que viriam a gerar as futuras obras, é no final de 2019 que vemos consagrar, senão mesmo sacralizar essa relação primordial entre o homem e a terra, que é afinal o acontecimento, fenómeno que redescobre o visível e o indizível que se dá na Terra. Uma análise que reflecte critica e teoricamente, por um lado, sobre as matérias que a artista usa para a produção das obras de arte e
por outro lado, sobre o pensamento da artista, enquanto criadora e ensaísta. Neste sentido, pode ser afirmado que se está na presença de uma geofilosofia que pensa a Terra e que dá a pensar uma outra prática estética que passa pelo olhar e pelo escutar as matérias.