O SERTÃO IMAGINADO NA ÁRIA “CANTIGA” DAS BACHIANAS BRASILEIRAS

Autores

  • Eduardo Lopes Universidade de Évora
  • Ana Judite de Oliveira Medeiros Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.37334/eras.v10i2.38

Palavras-chave:

Aria, Bachianas Brasileiras, Sertão

Resumo

O presente artigo traz uma perspectiva reflexiva sobre a visão ou interpretação dada ao sertão nordestino na Ária “Cantiga” da Série Bachianas Brasileiras de Heitor Villa Lobos. Considerando a problemática da “nordestinidade” e “regionalidade” que envolve o tema, a peça foi analisada a partir do conceito de tópicas (Agawu, 1982; Piedade, 2013), elementos entendidos como lugar-comum, de onde são produzidos silogismos retóricos e dialéticos. A partir desse conceito buscar-se-á compreender na obra pontos ou tropos que possam revelar a “atmosfera” do Sertão, e consequentemente seu discurso musical. A questão que levantamos é como o sertão nordestino pode ser percebido na música de Villa Lobos? Para isso foram realizados dois procedimentos de análise, um das tópicas e o outro em atividade experimental descritiva, a fim de identificar aproximações ou distanciamentos do tema na peça. A contribuição que esperamos trazer com este texto é, que através das Bachianas Brasileiras, seja possível elaborar outras ou novas interpretações sobre a região considerando os nexos históricos e culturais construídos em torno dela.

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Publicado

2019-06-30