“A FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN: O PAPEL DO SEU SERVIÇO DE MÚSICA NO ÂMBITO DO APOIO ÀS BANDAS DE MÚSICA (1955-1995) ”
DOI:
https://doi.org/10.37334/eras.v5i2.116Palavras-chave:
Banda de música amadora, Fundação Calouste Gulbenkian, Serviço de Música, ACARTEResumo
Desde os seus primeiros anos de existência, em meados da década de 1950, até meados da década de 90, que a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) apoiou direta ou indiretamente bandas de música amadoras, quer através da concessão de subsídios e instrumentos, quer no âmbito da formação de elementos e promoção do trabalho artístico destes agrupamentos musicais. Apoiado, em grande medida, nos relatórios de contas da FCG, este artigo pretende analisar e dar a conhecer o contributo da FCG, em particular do seu Serviço de Música, às bandas de música amadoras ao longo de cerca de quatro décadas. Podemos considerar relevante a contribuição desta instituição para a manutenção e desenvolvimento de muitos destes agrupamentos, não só ao nível dos apoios monetários e materiais, mas também no que diz respeito à formação de maestros e executantes, e ainda à promoção destes agrupamentos musicais. O papel da FCG foi ainda mais valioso se tivermos em conta que a maioria desses apoios foi efetuada num período particularmente crítico para as bandas de música. Contudo merece também realce a discrepância entre os apoios monetários atribuídos a esses agrupamentos amadores – em média apenas cerca de cinco por cento do total dos subsídios atribuídos - e aqueles que eram dirigidos a outros agrupamentos, projetos ou atividades.