SENSIBILIDADES E AFETIVIDADES NAS RELAÇÕES COM O ESPAÇO ESCOLAR – ABORDAGEM EXPLORATÓRIA DOS DIÁLOGOS E PERSPETIVAS DOS JOVENS SOBRE A IMATERIALIDADE DOS ESPAÇOS
DOI:
https://doi.org/10.37334/eras.v6i1.96Palavras-chave:
significados dos espaços, maqueta, conhecimento sensitivo, bem-estarResumo
O estudo é uma análise exploratória dos discursos produzidos por um grupo de jovens que participaram numa fase de uma investigação sobre os sentidos dos espaços escolares. A primeira parte da actividade relaciona-se com a recolha de elementos que revelam o modo como os alunos são sensibilizados pelas características afectivas e sensitivas dos espaços escolares, isto é, a forma como são sensibilizados pelas suas características imateriais. Para tal, o grupo procura, com ajuda de mecanismos de activação apropriados, construir experiências (afectivas e sensitivas) na relação directa com as cores, formas, volumes, texturas e sons desses espaços. Simultaneamente o grupo expõe, num debate conjunto, as ideias, críticas, opiniões, sugestões pessoais que vão surgindo sobre a realidade estudada no sentido de ir construindo e reconstruindo as suas narrativas a partir das experiências vividas. É nossa pretensão explorar o sentido e potencial do que designamos atrás como “imaterialidades dos espaços” ou ainda as “imaterialidades arquitectónicas da escola” a partir da construção e desconstrução desses debates. De seguida o grupo de estudantes reproduz, numa maqueta, a escola como uma nova realidade, uma realidade recriada a partir dos seus estudos e considerações, procurando reproduzir, na arquitectónica dessa maqueta, esta ideia: a Escola tal como nós a desejaríamos (The School I´d Like!).2 Pretende-se assim saber se as experiências vividas pelos estudantes, no seu conjunto, correspondem a um novo posicionamento sobre a arquitectura da escola na sua estrutura física e se a partir desse posicionamento adquirem uma nova perspectiva sobre toda a vida da escola. O trabalho tem pois, como principal objectivo, apresentar uma perspectiva crítica dos alunos sobre o espaço escolar e sobre a participação dos alunos na arquitectura dos ambientes da escola.