PRINCÍPIOS DA IDENTIDADE E DA HARMONIA IDIOMÁTICA DE ANTONIO CARLOS JOBIM

Autores

  • Celsa Bastos Escola de Música de Brasília
  • Eduardo Lopes Universidade de Évora

DOI:

https://doi.org/10.37334/eras.v11i3.68

Palavras-chave:

Tom Jobim, harmonia, música popular brasileira, estética musical

Resumo

Este artigo tem como objetivo demonstrar que os processos de cifragem utilizados pelo compositor brasileiro Antonio Carlos Jobim (Tom Jobim) estavam muitas vezes ligados à sonoridade almejada por ele e não apenas à facilitação de leitura para os intérpretes, apontando assim questões de uma identidade pessoal artística. Acreditamos que tal abordagem, no que concerne à harmonia, pode contribuir para futuras investigações, bem como para uma melhor compreensão da obra e do processo criativo desse que foi um dos mais importantes compositores de música popular do século XX. Os exemplos foram extraídos das canções Corcovado (Tom Jobim), Por toda a minha vida (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), Por causa de você (Tom Jobim e Dolores Duran), Dindi (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), Brigas nunca mais (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), Ela é carioca (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Caminhos cruzados (Tom Jobim e Newton Mendonça), tendo como referência as publicações Songbook Tom Jobim editado por Chediak, e Cancioneiro Jobim, conceibido por Tom e Paulo Jobim, além dos manuscritos e das gravações originais do compositor. No tocante à análise harmónica, os procedimentos e a metodologia têm como referência a cifragem analítica adotada por Guest.

Downloads

Publicado

2020-09-30